quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Capítulo 5 (Último Capítulo)

 
 
Pov Lua

  - Porque você fez isso pai?- Eu gritei tentando socorrer o Arthur.

  - Como você tem coragem de sair com qualquer um que você conhece?

  - Não é qualquer um, é meu namorado!

  - Como é que é?- Ele arregalou os olhos para mim.

  - É meu namorado!!- O coloquei sentado no sofá e meu pai veio na minha direção.

  - Como você começa a namorar qualquer um que você acha e sai pelas ruas parecendo uma desembestada agindo como uma criança?- Tomei um ar num suspiro profundo e tomei uma coragem para enfrentar ele também.

  - E o senhor está agindo como? Como um pai dos anos 50 em que a filha não pode conhecer ninguém, nem sequer num verão, como em todo o ano e tentar viver bem porque o pai acha simplesmente que ela tem que se dedicar a atividade “lúdica” de lavar pratos, cozinhar e arrumar casa para conseguir um “bom partido”.- Ele arregalou mais os olhos para mim e eu o encarei.- Eu não sou mais criança! Eu quero viver o que eu acho de bom, se é para aprender, eu vou aprender com meus erros! E vou viver cada minuto da minha minúscula vida fora de casa como um sonho! Todas as experiências, seja lá o que for e ninguém vai me impedir!- Ele me deu um tapa na cara e o Arthur levantou do sofá. Meu pai o pegou pelo braço e o botou para fora de casa. Eu ouvi ele me chamando e tentei ir atrás, mas já era tarde e meu pai já vinha em minha direção.

  - SUBA AGORA! LIGUE PARA SUA MÃE E AVISE QUE ESTÁ VOLTANDO.

  - Pai... Por favor...- Estava aos soluços já, sem saber do Arthur, nem o que ele ia fazer comigo. Eu o amava! Sim! Eu o amava! Amava tanto meu pai quanto o Arthur, mas ele não tinha o direito de me privar de ser feliz, era uma única oportunidade de viver com quem eu tinha certeza de que nunca me faria mal, que era o meu sonho de verão, era meu sonho terno e eterno. Lembrança guardada com carinho inigualável no meu coração. Subi degrau por degrau. Tranquei a porta do quarto e disquei o número da minha agenda, que com certeza era o mais preciso.

xx  Começo da Ligação  xx

- Amigaa! Como tá aí?

- Oi Sô.- Falei fraca.

- O que houve?

- Quando chegar eu te falo, estou chegando aí hoje, no final da tarde, me espera no aeroporto?

- Claro amiga, mas o que houve, porque estava chorando?

- Prometo que te explico, beijos e até.

- Até...

xx  Fim da Ligação  xx

  Arrumei minhas malas e mandei uma mensagem para minha mãe dizendo que estaria de volta daqui a algumas horas. Lavei meu rosto, para ver se desinchava, mas infelizmente não funcionou. Desci do mesmo jeito e encontrei meu pai, já com minha passagem impressa na mão a minha espera:

  - Nunca mais se envolva com qualquer um.

  - ELE NÃO É QUALQUER UM!- Gritei defendendo.

  - Não vou mais discutir com você, não tem porque.

  - Não tem porque o que o senhor fez, tudo isso porque estava namorando.

  - Eu disse que não vou mais discutir, vá para o carro e eu levo a mala.- Desobedeci e eu mesma a levei. Fomos o caminho em silêncio e quando chegamos ele foi me dar um abraço. Empurrei sua mão e saí a pisadas firmes. Fiz o check-in e entrei no avião com 5 minutos de atraso. Sentei-me ao lado de um garoto, um garoto não, um jovem, aparentava a mesma idade do Arthur e olhou para mim:

  - Houve alguma coisa?

  - Não te interessa.

  - Não precisa ser grossa.

  - Não precisa falar nada.

  - Só queria ajudar.

  - Então fica quieto.- Assim que a comissária de bordo permitiu que ligássemos os celulares no modo avião, o fiz. Estava sem paciência para escutar ninguém com seus conselhos, eu queria o Arthur comigo, mas depois de um tempo eu fiquei com remorso do jeito que eu falei com o meu “vizinho” e virei-me a ele.- Desculpe, eu não estou muito bem.

  - Não, tudo bem.- Ele sorriu.- É assim mesmo que acontece, a gente fica de cabeça quente e não quer conversar com ninguém, mas de qualquer forma, tudo vai se resolver.

  - Brigada.- Chegou em meu destino. Acenei para ele que continuaria, porque era só uma escala e desci. Peguei minhas malas e quando abri a porta a Sophia estava a minha espera toda Polly Pocket, rosa neon e verde neon.

  - Amiga...- Ela me lançou um olhar acolhedor e me abraçou.- O Mica tá aí para levar a gente, em casa você me conta tudo o que aconteceu. Ah! Sua mãe pediu desculpa, mas ela teve de ir a uma reunião e mandou avisar que daqui a alguns dias vocês vão se mudar para aquele apartamento.- Íamos nos mudar mesmo, não fiquei espantada, e além do mais, era só de casa, não de cidade.

  - Tudo bem.- Saímos abraçadas e entramos no carro do Micael.- Oi Mica!

  - Oi Lu! Tudo bem?- Ele olhou pelo retrovisor. Sorri.

  - Sim.- O caminho todo essa foi a única conversa. Quando chegamos em casa ele se despediu da Soph e nós duas entramos. Fomos para meu quarto, eu tomei um banho e começamos a guardar as minhas roupas sujas e limpas e a arrumar o guarda-roupa:

  - Fiquei preocupada Lu... O que houve?

  - Lembra-se daquele menino que contei para vocês que eu tinha conhecido?

  - Sim.

  - Então, meu pai só ia voltar do trabalho amanhã no final da tarde, aí a gente começou a namorar e eu dormi na casa dele, sem segundas intenções Sophia!- Olhei para ela e voltei a arrumar as coisas e ao mesmo tempo contar.- Quando eu voltei, meu pai deu um soco na cara dele, me deu um tapa na cara e colocou ele para fora só porque não queria que eu namorasse, e blá blá blá. Foi aí que eu liguei para você, arrumei minhas coisas e fui para o aeroporto.- Meus olhos já estavam marejados.

  - Amiga...- Nos abraçamos forte.- Tudo vai se resolver. E vamos esquecer isso e arrumar suas coisas.- E o fizemos.- Fomeeee!

  - Sophia sua draga.- Rimos. Descemos, nos lambuzamos de bolo de chocolate e refrigerante e depois subimos de novo.

  - Vamos sair hoje para o calçadão e ficar colocando apelidos no povo?

  - Essa é minha atividade preferida! Eu vou me arrumando enquanto você liga para o pessoal tá bom?

  - Ok dona Lua, coloca rosa hein!

  - Nunca! Preto é vida!- Gritei do banheiro.

  - Vida do Drácula!

  - Então meu nome agora é DracuLua!- Gargalhamos.

  - Então seu pretendente é o Drácula?!

  - Não!

  - E quem é?

  - O DracuThur!- Rimos.

(...)

“Querido diário,

Hey! Última folha! Há quanto tempo hein?! 5 anos! Quando me mudei acabei perdendo você e nem sequer save das “novs”. Deu tudo errado naquele tempo, o meu pai bateu no Arthur porque não queria que eu namorasse com ninguém e eu voltei para casa. Três dias depois me mudei para um apartamento e foi aí que eu perdi você. E olha onde eu te encontrei! No meio das minha velharias, e aqui vai o relato mais lindo, na sua última folha, eu e o Arthur nos reencontramos! É... Alugamos um apartamento e moramos juntos. Na verdade foi um acaso, quando eu estava a procura de emprego e adivinha quem se sentou ao meu lado à procura da mesma coisa? Pois é... É como dizem, sonho que é sonho não acaba, somente pede uma pausa, um momento de reflexão, e eu refleti e escolhi minha opinião (rimou!), ele sim é o dono do meu coração, dos meus sonhos profundos, dos meus carinhos guardados e de todo o meu amor. Enquanto a Sophia e a Mel... engravidaram! E eu sou madrinha das filhas delas, eu e o Arthur, meu DracuThur (ainda lembro dessa piada). Eu e o Arthur ainda não pensamos em ter filhos nem nada, cedo ainda, MUITO cedo! Mas nos amamos muito.
Beijos,
 
Lua."
 
 
Gostaram dessa mini web? Agora vamos que vamos para "Web Novela LuAr".

2 comentários:

  1. EU ACHEI BEM LEGAL.
    QUANDO DER POSTA MAIS WEB LUAR
    BJSSS
    AAAH INGRID JÁ TA NA HORA DE TIRAR AS LETRINHAS NÉ?
    BJSSSS KKK

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